Caros leitores,
Hoje, abordaremos o Transtorno de Escoriação, também conhecido como SkinPicking, um comportamento marcado pelo beliscar, espremer ou morder recorrente da própria pele, causando lesões que transcendem o físico, atingindo áreas importantes da vida. Neste artigo, baseado em uma revisão não sistemática da literatura, abordaremos a prevalência, incidência, fatores associados e intervenções empiricamente validadas para o skin picking, ressaltando a relevância desse diagnóstico no DSM-5 (Manual de Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais) e a escassez de literatura nacional na área.
De acordo com a literatura, aproximadamente 1,4% da população adulta é afetada por esse transtorno, frequentemente associado a condições como transtorno obsessivo-compulsivo, tricotilomania e transtorno depressivo maior. Além disso, descobrimos que fatores como condições dermatológicas, aspectos de personalidade, conflitos emocionais na história de vida e comorbidades psiquiátricas desempenham papéis cruciais no desenvolvimento e manutenção dessa psicopatologia.
O tratamento abrange uma abordagem multifacetada, combinando medicamentos como antidepressivos e antipsicóticos, junto com psicoterapia que utiliza técnicas cognitivas e comportamentais. A intervenção precoce e personalizada é essencial para mitigar o sofrimento e os prejuízos causados por esse transtorno.
Ademais, compreender o Transtorno de Escoriação vai além do reconhecimento superficial dos sintomas. É uma jornada para desvendar as complexidades emocionais e psicológicas que envolvem esse comportamento. Nosso compromisso como profissionais de saúde mental é oferecer suporte, informação e tratamento eficaz, reconhecendo a singularidade de cada indivíduo afetado. Ao explorarmos os caminhos da intervenção precoce, da terapia personalizada e do entendimento profundo dessa condição, damos passos significativos em direção à promoção do bem-estar e da qualidade de vida daqueles que enfrentam o desafio do Skin Picking.
Convido você a continuar aprofundando seus conhecimentos, pois, juntos, podemos trazer clareza às áreas muitas vezes negligenciadas da saúde mental.
