Artigos

Transtorno Bipolar de Humor

O Transtorno Bipolar de Humor, antes conhecido como transtorno maníaco-depressivo, é um transtorno mental caracterizado por alterações de humor que se manifestam como períodos de humor elevado e períodos de depressão. A elevação de humor recebe o nome de mania ou de hipomania, dependendo da severidade e da presença ou não de psicose, e é caracterizada por um comportamento anormalmente eufórico ou irritável, e por falta de autocontrole e bom senso. Sua duração mínima é de quatro dias para hipomania, e uma semana para mania. Os períodos de depressão duram ao menos duas semanas, podendo chegar a meses, e são caracterizados por sintomas como sentimentos persistentes de tristeza, culpa, falta de esperança ou isolamento.
As causas são tanto genéticas e/ou congênitas quanto psicossociais com 50% dos portadores apresentando pelo menos um familiar afetado, e com filhos de portadores apresentam risco aumentado de desenvolver a doença, quando comparados com a população geral.

Segundo o DSM-IV, o Episódio maníaco:
Auto-estima elevada: Sentimento de grandiosidade e intenso bem estar com si mesmo, acredita sinceramente ter sempre razão, não admite ser corrigido e sente enorme dificuldade para se desculpar;
Necessidade de sono diminuída: Sente-se pronto para o trabalho depois de apenas poucas horas de sono, mesmo interrompido;
Verborragia: Fala frequentemente de modo agressivo e sem paciência para ouvir;
Fuga de ideias: Esquecimento e pensamentos acelerados, resultando em dificuldade de se expressar de forma linear;
Distratibilidade: Atenção constantemente desviada para estímulos externos, resultando em muitos trabalhos concomitantes e incompletos;
Inquietude: Gerando aumento no número de atividades feitas tanto no trabalho como na escola;
Impulsividade: Falta de auto-controle,
Impaciência, ansiedade e Irritabilidade
A perturbação do humor deve ser suficientemente severa para causar prejuízo acentuado no trabalho/estudos, nas atividades sociais ou relacionamentos costumeiros com outros, ou para exigir a hospitalização, como um meio de evitar danos a si mesmo e a outros.
Episódio depressivo:
Estado deprimido: sentir-se deprimido a maior parte do tempo;
Anedonia: interesse diminuído ou perda de prazer para realizar as atividades de rotina;
Sensação de inutilidade;
Culpa excessiva;
Dificuldade de concentração: habilidade frequentemente diminuída para pensar e concentrar-se;
Fadiga: cansaço excessivo, falta de energia;
Distúrbios do sono: insônia ou hipersônia praticamente diárias;
Distúrbio psicomotor: Agitação ou lentidão cognitiva e motora;
Distúrbio alimentar: Perda ou ganho significativo de peso, na ausência de regime alimentar;
Ideação suicida: Ideias recorrentes de morte ou suicídio.
Hoje, o tratamento adequado inclui medicamentos que diminuem os sintomas e previnem recaidas.