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Será que você é bipolar?

Transtorno Bipolar

Por ser conhecido como uma condição complexa, o transtorno afetivo bipolar pode ser confundido com outros quadros clínicos dentro da psiquiatria, como exemplo, a depressão ou o transtorno de personalidade borderline. Por isso, muitas vezes, leva anos para esse diagnóstico ser fechado, necessitando de um acompanhamento cotidiano e avaliação do histórico do indivíduo. 

 

Como já abordado no primeiro texto sobre a temática, as alterações de humor do transtorno afetivo bipolar são extremas e nem sempre explicadas por fatores externos, além de prejudicar a vida da pessoa. Os principais estados de uma pessoa bipolar são os episódios maníacos e os depressivos. 

 

O quadro maníaco é marcado por extrema euforia, impulsividade, autoconfiança e até irritação por períodos que podem durar dias, semanas ou meses. Esse estado é diferente de quando a pessoa se comporta normalmente, isso dificulta interpretá-lo fora de contextos externos, como exemplo ganhar na loteria ou estar em uma superfesta. 

 

Algumas consequências frequentes desse episódio de humor são o gasto de energia, poucas horas de sono, fala acelerada, impulsividade nas ações e até gasto financeiro exagerado. Essas características afetam diretamente a vida social e profissional do indivíduo. 

 

Já no quadro depressivo, é observado o contrário repentinamente: a pessoa sente-se triste, sem esperança ou ânimo, sem prazer pelas suas atividades, e muitas vezes carrega consigo o sentimento de culpa. Assim como o quadro maníaco, os episódios depressivos podem durar dias, semanas ou meses. Outro detalhe que deve ser ressaltado é que as chances de ideações suicidas podem aparecer nesse período. 

 

Por causa dessa alteração de humor, as chances de um paciente com transtorno afetivo bipolar se endividar seriamente e se isolar socialmente são grandes. Os fatores desencadeantes da doença podem estar associados a pelo menos 226 genes, ou seja, é um diagnóstico muito complexo, especialmente se considerarmos que os sintomas diferem de um caso para o outro. 

 

O tamanho de algumas partes dos cérebros desses indivíduos pode até diminuir ao longo do tempo e apresentar funcionamentos distintos de outras pessoas. Podem-se citar como exemplo as áreas relacionadas com a regulação das emoções e a inibição do comportamento. É comum o transtorno afetivo bipolar, quando o paciente não é tratado corretamente, piorar ao longo da vida. 

 

É comum as pessoas terem humor instável, principalmente por causa de fatores externos, mas pacientes bipolares se destacam por essa variação,  independentemente do que lhes esteja acontecendo. Durante o psicodiagnóstico dessa condição, outras características também são levadas em consideração e podem classificar o indivíduo em determinado grau do transtorno. A psicoterapia e o uso de medicação adequada são aliados ao tratamento contra a bipolaridade. 

 

Para saber mais sobre esse assunto, confira o vídeo abaixo em que complemento a temática com informações relevantes: