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Como lidar com a bipolaridade

No transtorno bipolar do humor,
A mente ora está aberta à
luz,
Ora está fechada…
E quando parece estar aberta,
A luz é apenas decalcada.
Tratá-la é um ato de amor
A si e aos outros.

Por Maria do Desterro Leiros da Costa.

Todo transtorno mental pode afetar a vida social do paciente, seja depressão, síndrome do pânico ou transtornos de personalidade. E com a bipolaridade não seria diferente. Para quem convive com alguém assim, especialmente se não souber do diagnóstico do colega, pode ser complexa a relação.

Isso não quer dizer que uma pessoa com transtorno bipolar seja chata, complicada ou difícil de lidar. Esses são estereótipos criados muitas vezes por quem não compreende a situação. Assim como qualquer um, o paciente com bipolaridade tem individualidades nem sempre aceitas por todo mundo (e isso não é um problema dele).

A oscilação de humor, as manias durante o quadro eufórico ou a tristeza desanimadora no momento depressivo também influenciam as pessoas ao redor do bipolar, por isso paciência e empatia são essenciais numa amizade, relação amorosa ou familiar com o paciente que tem bipolaridade.

Isso não significa que o amigo/parceiro/parente tem a obrigação de estar sempre presente no cotidiano do outro. Às vezes, a carga emocional pode ser pesada para quem não passa pelo transtorno (assim como o é para o indivíduo diagnosticado). Porém o apoio ao tratamento é imprescindível, assim como as orientações para o que essa pessoa deve fazer, caso precise de ajuda em momentos de crise.

O respeito e cuidado com a saúde mental do outro devem prevalecer no relacionamento. É necessário estar aberto a tirar dúvidas, deixar que a sinceridade também faça parte da rotina, dessa forma as expectativas ficarão alinhadas na relação pessoal e nenhum dos lados sairá prejudicado ou machucado.