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Depressão: doença silenciosa e cruel

Uma das características mais assustadoras da depressão é o fato de ser uma doença silenciosa. Ela atinge pessoas diferentes de forma diferente. É uma doença biológica, às vezes geneticamente determinada, com influência de fatores pessoais e externos. Por não ser algo visível, que você possa remover em uma cirurgia, é algo que pode assustar, seja o paciente, seja sua família.

Se for motivada por luto, por exemplo, é considerada normal, pois a pessoa está cicatrizando seu quadro emocional. Mas se não forem identificados os motivos nem as circunstâncias, a depressão é caracterizada como doença.

 

O que provoca a depressão?

Os fatores desencadeantes dessa patologia estão relacionados à vida pessoal, relações sociais, mundo externo e predisposição ou vulnerabilidade biológicas. E um não anula o outro. Nós nos assustamos quando vemos alguém que acreditamos “ter tudo” ser acometido pelo transtorno mental, não é mesmo?

Por isso é essencial estarmos atentos aos menores sinais de que algo em nós não está bem, principalmente se houver histórico familiar. Num momento, a pessoa está bem; noutro, está afundando sem ao menos perceber. É uma doença cruel, que pode contribuir para a perda de oportunidades, relacionamentos e vidas. Depressão se resolve com tratamento psiquiátrico eficaz.

Sintomas que devem ser observados como alerta para depressão: 

  • Humor deprimido, irritabilidade, ansiedade e angústia
  • Desânimo ou cansaço elevado
  • Perda do prazer em atividades agradáveis
  • Medo e desesperança
  • Sentimento de culpa e inutilidade
  • Pensamentos suicidas
  • Diminuição da libido e do apetite
  • Sintomas físicos, como dor, principalmente de cabeça, e alterações no sistema digestório.

Mal do século XXI

A realidade pode estar um pouco caótica, e para ajudar, estamos saindo de uma pandemia que ceifou muitas vidas e deixou sequelas em tantas outras. Mas uma das contribuições desses tempos para a saúde mental é a conscientização sobre os danos do isolamento em períodos conturbados.

Segundo levantamento da pesquisa Vigitel, do Ministério da Saúde, divulgada no início deste ano, 23 milhões de brasileiros afirmaram que receberam o diagnóstico médico de depressão, mais que o dobro do que indicava a Organização Mundial da Saúde em 2019.

Peça ajuda!

Existe uma iniciativa simples para começar o tratamento: consultar um psiquiatra. A medicação e a ajuda do profissional são ferramentas essenciais para um tratamento eficaz. Nem sempre os resultados serão imediatos e os efeitos os mesmos, afinal não existe uma medicação, dosagem e esquema de tratamento único, pois é preciso levar em conta as características e predisposições de cada pessoa. Mas isso não pode desanimá-lo! Sem o tratamento e o acompanhamento regular e adequado do psiquiatra, a depressão pode voltar em diferentes períodos da vida e tornar-se crônica.

Se você notar algum sinal ou sintoma de depressão ou outro transtorno mental em si ou alguém próximo, lembre-se: o psiquiatra é o primeiro e o melhor caminho para vencer essa doença!